37 anos dos Acordos de Lusaka: PR enaltece a paz e crescimento económico

08-09-2011 11:30
O PRES IDENTE Armando Guebuza disse ontem no Maputo que, ao longo dos 37 anos decorridos após a assinatura dos Acordos de Lusaka, o país conseguiu alcançar a paz e um notório crescimento económico.
PR Armando Guebuza
PR Armando Guebuza
 

Falando a jornalistas momentos após depositar uma coroa de flores na Praça dos Heróis Moçambicanos, num acto que marcou oficialmente a passagem dos 37 anos dos referidos acordos que conduziriam à independência nacional, o Chefe do Estado congratulou-se com as vitórias alcançadas e manifestou o desejo de ver os moçambicanos cada vez mais unidos em torno dos ideais da luta contra a pobreza, criação do bem-estar e, sobretudo, da consolidação da paz.

“Ao longo destes 37 anos conseguimos, em primeiro lugar, reafirmarmo-nos como um povo, como um país, isso é muito importante; em segundo lugar, vencemos a dominação estrangeira, que é o momento da assinatura deste histórico acordo, em Lusaka; em terceiro lugar, alcançámos a paz e, em quarto lugar, estamos a ter um crescimento económico notório e estamos, efectivamente, a batalhar para acabarmos com a pobreza no nosso país”, enfatizou o estadista, numa breve declaração à imprensa.

Na ocasião, Guebuza referiu que quando se fala em vitórias é também necessário lembrar os desafios que Moçambique ainda tem para o presente e o futuro. Nesta linha de pensamento, acrescentou que no topo está a necessidade de os moçambicanos começarem a acreditar que as maravilhas que acontecem em Moçambique são produzidas por eles próprios. “Os moçambicanos também devem acreditar que os desafios que ainda se colocam em Moçambique são muitos e vão ser resolvidos por eles. Isso para que celebremos muito mais vitórias no nosso país”, sublinhou.  

O Presidente da República fez questão de recordar que a passagem dos 37 anos da assinatura dos Acordos de Lusaka acontece num momento particularmente importante para o país, pois Maputo acolhe a X Edição dos Jogos Africanos.

“Desta vez, associamos esta vitória com a realização no nosso país dos jogos olímpicos africanos. Como sabem, estão a correr bem, a população moçambicana está a participar activamente, estimulando moralmente e de forma particular os nossos atletas”, disse para depois enaltecer o empenho de todas as estruturas do Estado, Governo e da sociedade civil na árdua tarefa de fazer destes jogos um sucesso não só para Moçambique e ao mesmo tempo um verdadeiro momento histórico do país.

Feliz é a coincidência de o 7 de Setembro acontecer no Ano Samora Machel, dirigente que, em representação da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), assinou com o Estado português o acordo que pôs fim à guerra e restabeleceu a paz rumo à independência.

Uma cerimónia bastante concorrida de deposição de flores na Praça dos Heróis Nacionais, no Maputo, foi o momento mais alto das comemorações da data, também designada de “Dia da Vitória”, com a presença de individualidades nacionais e estranegiras.

Cerimónias idênticas tiveram igualmente lugar nos restantes pontos do país.