Doadores destacam crescimento económico de Moçambique

08-09-2011 08:20

Os parceiros de cooperação dizem que o país obteve resultados positivos em várias áreas de desenvolvimento, mas apelam ao maior combate contra a pobreza e corrupção.


O grupo de 19 países e instituições internacionais que apoiam Moçambique, incluindo o Banco Mundial, saudou as autoridades locais por \"importantes melhorias\" em termos de crescimento económico nos últimos anos.

Dados governamentais indicam que, na última década, o país cresceu a uma média de 10% ao ano, desde o fim da guerra civil em 1992.

Pobreza

Os parceiros internacionais apelaram o executivo de Maputo a apostar na rápida redução da pobreza e no combate à corrupção.

O Governo de Moçambique reuniu-se, esta quinta-feira, para analisar o nível de cooperação com o G-19, como são conhecidos os doadores que financiam mais de metade do orçamento do país.

Contribuintes

Para os principais contribuintes, o país deve apostar no aumento da produtividade agrícola, criação de empregos e melhoria do ambiente de negócios.

O presidente cessante do G-19, Shaun Cleary, mostrou-se encorajado com o desempenho nas várias áreas de desenvolvimento, mas apontou desafios na governação.

\"Os parceiros internacionais avaliaram que são necessários mais progressos e a este respeito a Revisão Anual destaca a importância que atribuímos às acções chaves a serem realizadas em breve pelo Governo, principalmente o pacote legislativo anti-corrupção, incluindo o conflito de interesses, a declaração de bens e a protecção de denunciantes\", afirmou.

Cooperação

O ministro da Planificação e Desenvolvimento de Moçambique, Aiuba Cuereneia, assegurou, no entanto, que o Governo trabalhará no sentido de responder à exortação dos parceiros de cooperação.

\"Temos consciência das nossas responsabilidades, que passam por tomarmos medidas que conduzam ao bem-estar da nossa população e de todos nós\", referiu.

Para o Orçamento do Estado de 2011, o G-19 financiou em cerca de US$ 465 milhões, menos 10% que no ano passado, devido à crise financeira internacional.

O Banco Mundial desembolsou 12% do valor, assumindo-se como o principal contribuinte.